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CLAVS’25 marca o início de um novo plano de voo para a saúde baseada em valor na América Latina

15 de setembro de 202515 de setembro de 2025 Por IBRAVS
Um Novo Plano de Voo para a Saúde Baseada em Valor na América Latina

O evento reuniu líderes do setor e foi palco para o lançamento do Framework “Um Caminho Prático para Valor em Saúde e Modelos de Remuneração Baseado em Valor”, criando uma agenda comum para a região.

Inspirado na trajetória de Santos Dumont, o Pai da Aviação, o 2º Congresso Latino-Americano de Valor em Saúde (CLAVS’25) buscou cocriar um novo plano de voo para a saúde na América Latina, mostrando que a saúde, assim como a aviação, precisa de tecnologia, visão e humanidade.

Realizado pelo Instituto Brasileiro de Valor em Saúde (IBRAVS), nos dias 25 e 26 de agosto, o evento reuniu, no Rio de Janeiro, mais de 500 participantes, entre gestores, reguladores, acadêmicos e lideranças do setor da saúde do Brasil, América Latina e Estados Unidos. 

Foram apresentadas experiências nacionais e internacionais, com debates sobre novos modelos de remuneração, práticas de mensuração de desfechos e estratégias de sustentabilidade para os sistemas de saúde.

O encontro também celebrou a cooperação técnica entre a Agência de Saúde Suplementar (ANS), o IBRAVS, o Conselho Federal e os da 3ª e 4ª região de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. O objetivo é que essas entidades apoiem a Agência na operacionalização e ampliação do Programa Modelos de Remuneração Baseados em Valor para a saúde suplementar no Brasil.

“No âmbito desse acordo, o IBRAVS lidera o desenvolvimento de dois dos cinco produtos previstos, a atualização do Guia para Implementação de Modelos de Remuneração Baseados em Valor; e o desenvolvimento de uma ferramenta de gestão de indicadores, disse César Abicalaffe, presidente do IBRAVS, na abertura do evento.

Um novo plano de voo para a saúde

A mensagem inicial foi de alinhamento: transformar o conhecimento acumulado em ações concretas e reprodutíveis para diferentes realidades. E para ajudar nessa missão, foi lançado o Framework IBRAVS: “Um Caminho Prático para Valor em Saúde e Modelos de Remuneração Baseado em Valor”, uma ferramenta gratuita e acessível que organiza estratégias claras para implementar modelos de remuneração baseados em valor.

O lançamento do framework simboliza um marco na consolidação da agenda de VBHC na região, oferecendo aos gestores e profissionais da saúde um guia estruturado para aplicar conceitos de valor em diferentes contextos, transformar práticas e gerar resultados mensuráveis para pacientes e sistemas de saúde.

“É importante dizer que este documento não é um ponto final, mas um ponto de partida, e seguirá em evolução, com atualizações periódicas. Acreditamos firmemente que um sistema de saúde sustentável só será possível quando o valor entregue ao paciente estiver no centro das decisões”, ressaltou Abicalaffe.

Na ocasião, o presidente do IBRAVS entregou a Maurício Nunes, diretor da Diretoria de Desenvolvimento Setorial (DIDES) da ANS, a primeira cópia do framework. “Maurício, sua determinação e resiliência foram essenciais para que este acordo de cooperação técnica se tornasse realidade. Tenha certeza de que está deixando um importante legado para a saúde de nosso país”, disse. 

Lideranças nacionais internacionais na mesa de abertura

A mesa de abertura do CLAVS´25 contou com a presença da Dra. Carla Soares, diretora-presidente interina da ANS, que reforçou a necessidade de mudança cultural para a transição rumo ao valor. “Não basta ampliar o acesso, precisamos garantir acesso com qualidade. Esse é o verdadeiro sentido de valor em saúde.”

Também participaram Maurício Nunes (ANS), Claudio Stivelman, Superintendente da Superintendência de Serviços de Saúde, órgão do Ministério da Saúde da Argentina, e Cristian Mazza, Presidente de ALAMI – Asociación Latinoamericana de Sistemas Privados de Salud, compondo um painel que refletiu os desafios e as oportunidades da região latino-americana.

Programa da ANS para os próximos cinco anos

Raquel Lisboa, gerente de Estímulo à Inovação e Avaliação da Qualidade dos Prestadores de Serviços na ANS, apresentou o programa “ANS Modelos de Remuneração Baseados em Valor”, que traça a visão da agência reguladora para os próximos cinco anos, em parceria com as entidades técnicas IBRAVS, COFFITO e CREFITOS 3 e 4.

Segundo Maurício Nunes, a proposta é fruto de um trabalho coletivo iniciado em 2009 e representa uma entrega concreta ao país, impactando diretamente os mais de 53 milhões de beneficiários da saúde suplementar.

Conceitos e cases

A programação do CLAVS´25 foi dividida em blocos temáticos, seguindo o modelo do framework. 

O Bloco 1 construiu a base conceitual necessária para a compreensão e a aplicação prática do VBHC. Wilson Follador, conselheiro do IBRAVS e presidente da ISPOR Capítulo Brasil, apresentou os conceitos fundamentais de Valor em Saúde e Modelos de Remuneração Baseados em Valor. Na sequência, Luiz Ribas, também conselheiro do IBRAVS, professor de Atenção Primária da UFPR e diretor médico na 2iM, apresentou o modelo de análise de decisão por multicritério (MCDA). Encerrando o bloco, Daniele Soutilha, pesquisadora do IBRAVS e doutoranda na Unigranrio, mostrou uma pesquisa e revisão de literatura sobre VBHC no Brasil e no mundo. 

O Bloco 2 foi dedicado a explorar os cinco principais Modelos de Remuneração Baseados em Valor. A dinâmica combinou uma abertura conceitual de cada modelo com a apresentação de cases práticos de instituições brasileiras e internacionais.

O primeiro modelo abordado foi o Fee for Service (FFS) + Valor, conduzido por César Abicalaffe, presidente do IBRAVS, e Fabio Nogi, conselheiro do instituto e head da Unimed Odonto. A sessão destacou como o tradicional pagamento por procedimento pode ganhar eficiência e foco em qualidade ao ser combinado com métricas de valor.

Em seguida, foram apresentados cases que mostraram como o modelo pode ser adaptado e aplicado no Brasil. Jacqueline Estevan, Governance Officer da Uniodonto Campinas, ensinou como construir cases de valor em saúde na odontologia. João Robles, gestor de Atenção Primária da Unimed São José do Rio Preto e vencedor da 3ª edição do Prêmio Cases de Valor em Saúde IBRAVS, compartilhou a experiência da cooperativa na implantação de um sistema de bonificação baseado em valor, que gerou impacto real no engajamento médico e na melhoria da assistência. Já Erickson Blun, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da ANSM, expôs um exemplo de aplicação do VBHC em pronto-socorro, no qual uma Unimed conseguiu reduzir custos e, ao mesmo tempo, melhorar a experiência do paciente.

Na sequência, César Abicalaffe introduziu o modelo DRG (Diagnosis Related Groups) + Valor, com contribuições internacionais. Sandeep Wadhwa, Global Chief Medical Officer da Solventum HIS, apresentou a experiência dos Estados Unidos, detalhando como o modelo foi integrado a sistemas de pagamento orientados para resultados. Camilo Cid, diretor do Fonasa (Fondo Nacional de Salud, Chile), compartilhou os avanços e desafios da implementação do DRG no Chile, destacando a necessidade de adaptação às realidades locais. Já Xavier Salvador Vilalta, responsável pela Unidade de Sistemas de Pagamento e Avaliação Econômica do CatSalut (Espanha), mostrou a experiência europeia, evidenciando como o modelo foi fundamental para promover maior transparência e eficiência no sistema catalão.

O terceiro modelo foi o de Episódios + Valor, apresentado por Andre Médici, conselheiro do IBRAVS, economista, consultor e mentor de inovações em VBHC que detalhou a lógica e conceitos de pagamentos por episódio + Valor passando a palavra para os especialistas que desenvolvem os modelos e métricas de avaliação, fundamentados no EVS, para dez condições clínicas e que servirão de referência para este modelo de pagamento baseado em Valor:

As duas primeiras condições clínicas foram apresentadas por André Viana, diretor científico da G7Med e vice-presidente eleito da Sociedade Brasileira de Diabetes, que levou o Modelo de Avaliação para Diabetes e Obesidade, e os scorecards que permitirão mensurar resultados clínicos, eficiência e qualidade do cuidado nesses casos de alta prevalência.

Na sequência, Henry Sato, do Instituto de Neurologia de Curitiba, abordou a Esclerose Múltipla, detalhando como o modelo de avaliação e seus scorecards podem orientar o tratamento de uma condição crônica complexa, equilibrando desfechos e custos de forma sustentável.

Outro tema de relevância foi o Transtorno do Espectro Autista (TEA), apresentado por Geciely Munareto, membro da Comissão Nacional de Diagnósticos e Procedimentos Fisioterapêuticos e assessora técnica normativa do COFFITO. 

Já Fernando Ferreira, coordenador da Comissão Nacional de Diagnósticos e Procedimentos Fisioterapêuticos do COFFITO, levou a perspectiva da Reabilitação de AVC, demonstrando como indicadores estruturados podem qualificar o processo de recuperação, reduzindo desigualdades e promovendo maior efetividade na reabilitação neurológica.

Aline Chibana, gerente do Escritório de Valor do A.C. Camargo Câncer Center, apresentou o modelo de avaliação para oncologia, cobrindo condições de alta complexidade como câncer de mama, próstata, pulmão, colorretal e colo de útero. Ela destacou a relevância da mensuração de resultados clínicos e experiência do paciente na formatação de bundles oncológicos.

Além disso, Andre Médici compartilhou experiências internacionais de pagamentos por episódios em diferentes condições clínicas, enquanto Fabio Gazelato, diretor de Recursos Próprios da Unimed Uberlândia, apresentou a experiência da instituição com a linha de cuidado de câncer de mama, estruturando bundles e avaliando resultados concretos da aplicação prática do modelo.

A sessão foi finalizada com a participação especial de Stephen Stefani, oncologista e professor de Avaliação em Tecnologia e Economia em Saúde, que fez reflexões críticas sobre a viabilidade e os desafios da implementação de episódios + valor no contexto brasileiro.

O quarto modelo explorou as possibilidades de remuneração e gestão em modelos populacionais, em que o cuidado é estruturado a partir de grupos de pacientes e não apenas por episódios ou eventos de saúde. A sessão foi conduzida por Eduardo Maia, conselheiro do IBRAVS, sócio-fundador da SAS e diretor geral do Hospital Municipal Oceânico Gilson Cantarino, em Niterói.

Joatan Silva Junior, médico cirurgião e executivo de inovação em saúde, apresentou um case em que a lógica da capitation em especialidades foi reestruturada a partir de indicadores de valor, alcançando resultados surpreendentes tanto em eficiência quanto em desfechos clínicos.

Em seguida, Rob Janett, médico de atenção primária e consultor sênior de políticas de saúde nos EUA, apresentou a experiência do Alternative Quality Contract (AQC), modelo que inspirou os contratos das Accountable Care Organizations (ACOs) norte-americanas. Ele explicou como a transição do FFS para a capitation, associada a indicadores de qualidade, foi capaz de alinhar incentivos, controlar custos e melhorar a experiência do paciente.

Encerrando o bloco, o quinto modelo tratou dos pagamentos por valor em medicamentos, dispositivos médicos e diagnósticos de alto custo, área de grande impacto econômico para o setor de saúde. A condução ficou a cargo de Gabriela Tannus, diretora de Relações Institucionais do IBRAVS, que apresentou propostas e estratégias para tornar sustentável o acesso a terapias inovadoras.

Entre os cases apresentados, Rafael Seara, gestor de Modelos de Pagamento na Roche, levou os resultados do modelo de compartilhamento de risco entre Roche e A.C. Camargo Cancer Center, mostrando como a parceria beneficiou operadora, prestador e todo o ecossistema de saúde. Vivian Chibana, Access and HE&OR Lead em terapias gênicas, celulares e radioligantes na Novartis, compartilhou o acordo inovador em pagamento baseado em Valor com o ministério da saúde além de propostas e caminhos para o compartilhamento de risco para terapias de alto custo com operadoras, apontando os aprendizados e as perspectivas para o futuro.

O Bloco 3 do CLAVS’25 trouxe à tona os conhecimentos estruturantes indispensáveis para viabilizar a implementação prática dos pagamentos baseados em valor. Rogério Scarabel, conselheiro do IBRAVS, sócio da M3BS Advogados e ex-presidente da ANS, apresentou os instrumentos jurídicos para pagamentos orientados por valor. Moacir Grunitzky, diretor técnico da Grunitzky Auditores, discutiu as informações regulatórias necessárias para pagamentos baseados em valor. Por fim, Jussara Macedo, presidente do instituto HL7 Brasil, abordou os modelos de troca de dados entre pagadores e prestadores. 

O bloco se encerrou com uma mesa de discussões liderada por Fabio Rocha, diretor-executivo do IBRAVS, sobre troca de dados, interoperabilidade e compartilhamento de informações regulatórias em sistemas orientados por valor, com Luis Gustavo Kiatake (Kia), ex-presidente e atual diretor de Qualidade da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), e Michele Mello, gerente de Assuntos Governamentais da Roche. Ambos reforçaram a urgência de alinhar governança de dados, tecnologia e regulação como pilares para que o valor em saúde se torne uma prática consolidada.

Todos os palestrantes, que vêm contribuindo para transformar a saúde com foco em valor, receberam o Troféu Santos Dumont, em reconhecimento às suas iniciativas inovadoras.

Encerramento: uma agenda comum para a região

Ao final dos dois dias, a mensagem central foi de que o valor em saúde já é uma realidade em construção na América Latina, mas exige persistência, dados estruturados e colaboração entre todos os atores.

“O CLAVS não é apenas um congresso, é um espaço para dar escala a práticas que já estão acontecendo. Temos desafios enormes, mas também avanços concretos”, disse Sergio Dias, presidente da Comissão Científica do evento.

Mais do que um congresso, foi um marco no avanço da agenda de VBHC que exige continuidade e perseverança. Como bem disse Santos Dumont: “As invenções são sobretudo o resultado de um trabalho teimoso”.

Agradecimentos

“Assim como Santos Dumont teve apoio para voar, a transformação da saúde exige coragem, técnica, mas também parceria, confiança e compromisso compartilhado”, lembrou Gabriela Tannus. O IBRAVS agradece a todos que contribuíram para o Framework, à ANS, aos palestrantes, aos convidados, aos parceiros e a todos os participantes do evento.

O CLAVS´25 contou com patrocínio master da Roche e da Novartis, além do patrocínio premium da Solventum, Merck e AstraZeneca. Já o patrocínio CLAVS’25 ficou a cargo da Libbs, Sanofi e Teva. Como apoiador de mídia, esteve presente o Saúde Business, da Informa Markets. O encontro também recebeu apoio institucional de diversas organizações, entre elas 2iM, Growth Marketing, GTannus Consulting, ISPOR Capítulo Brasil, AGETS, IESS, Abramed, SOBRAMH, HL7 Brasil, Sano-Efiko, Instituto Ética Saúde, M3BS Advogados, Grunitzky, Singa, CBD Diagnóstico, ONA, Zmed, Sindusfarma, Coffito, Crefito-3, Crefito-4, FenaSaúde, Talent Match Academia Médica, Anahp, LEK, ALAMI e Fala Doutores. 

Categorias CLAVS, Valor em Saúde Tags América Latina, CLAVS’25, congresso de saúde, framework VBHC, IBRAVS, modelos de remuneração em saúde, Saúde baseada em valor, vbhc Deixe um comentário
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